Características: É uma espécie de porte arbustivo e arbóreo, cuja copa é arredondada e baixa, não apresenta espinhos. Com folhas compostas bipinadas e coriáceas, a catingueira-verdadeira apresenta comportamento decíduo na estação seca. Com emissão das primeiras folhas, de coloração rosada, o aroma desagradável ainda não é presente, o que acontece apenas quando se tornam verdes (Maia, 2012; Carvalho, 2014). Apresentam as inflorescências em racemos terminais e subterminais (Lorenzi, 2009). De um leve odor adocicado, a flor possui pétalas amarelas (Figura 2) e uma pétala central com pontuações avermelhadas, que representa as guias de néctar (Maia-Silva et al., 2012).

Partes da Planta Utilizada: Na medicina popular, a espécie pode ser utilizada em função de suas propriedades antidiarreicas (uso da folha, flores e cascas) e em tratamentos de hepatite e anemia (uso da casca).

Caso: O Agricultor F.F.R, do Sitio Barra de Acauã – Prata – PB, havia vários messes sofrendo terríveis dores abdominais, procurando tratamento médico, foi diagnosticado com câncer de Próstata, em estado avançado,  começou um tratamento e marcou a data para o procedimento cirúrgico.

Recebendo a visita de um amigo agricultor que haviam passado por a mesma situação, este lhe indicou que tomasse a água da flor da Catingueira. O agricultor F.F.R, aceitou a indicação e começou a fazer o procedimento, dia após dia, sentia-se melhor, meses depois procurou o médico para certificar-se da remissão dos indicativos da doença, este, examinando-o constatou que a doença havia regredido, cancelando o procedimento cirúrgico.

Características: É uma espécie de porte arbustivo, durante a seca a Ameixa do Mato conserva suas folhar verdes, apresentando alta adaptabilidade a severidade da Caatinga. É muito utilizada na medicina popular como cicatrizante, seu frutos comestíveis são apreciados pelas populações locais.

Partes da Planta Utilizada: Casca

Caso: O Agropecuarista Sr. José Pedrosa, da Fazenda Independência – Amparo – PB, sofreu um acidente de moto, e teve  um corte profundo no pé, foi feito a cirurgia, mas não houve cicatrização  no processo pós cirúrgico. Após tomar diversos medicamentos não apresentou resultado e o ferimento continuou lhe causando incomodo e muita dor.

Aconselhada por uma funcionaria sua, uma Senhora agricultora, esta lhe recomendou que ele lavasse o ferimento com a água da casca da Ameixa do Mato. Ele, depois de relutar, deixou ser tratado. Ele suspendeu o medicamento tradicional e passou a tratar o feriemnto com  a referida água, o resultado da cicatrização foi surpreendente. 

Características: Euphorbia tirucalli é um arbusto da família das euforbiáceas, composto basicamente por caules verdes que se subdividem, e que produzem uma seiva tóxica e cáustica, capaz de cegar.

Partes da Planta Utilizada: O Aveloz, uma planta tóxica que vem sendo estudada para combater o câncer, uma vez que é capaz de eliminar algumas células cancerígenas, impedindo o seu desenvolvimento e reduzindo o tumor

Caso: A Doméstica Sra. Antônia, residente na Cidade de São José do Egito – PE, é de uma família de 03 irmãs. Desta família, duas foram acometidas de Câncer, já em estado terminal, sofrendo, tendo de realizar longas viagens para a capital do Estado de Pernambuco – Recife, para o tratamento de quimioterapia, a Sra. Antônia, resolveu ministrar um tratamento caseiro que havia sido aconselhada. Durante 06 meses ela ministrou as irmãs o leite do Aveloz em água. O resultado foi surpreendente, a doença regrediu ao ponto da remissão dos indicativos da doença, as duas estão vivas e bem, para contar a história.

Características: A Parreira é uma planta bastante rara no Semiárido, ele ocorre exclusivamente em áreas de Serrotes com Matacões em rocha granítica. Nas fendas das rochas nascem as Parreiras, uma espécie de uva brava, trepadeira caducifólia, ou seja, durante a seca ela perde as suas folhas. Seu caule é geralmente flexível, suas folhas são alternadas, nascimento ascendente, uma após a outra, geralmente são ovaladas, o ápice da folha é pontiagudo e sua base geralmente em forma de coração. As inflorescências ocorrem opostas às folhas, com flores bem pequenas de coloração que varia entre branca-esverdeadas, brancas, amarelas ou raras vezes rosas. Seus frutos alternam as cores de verde para o vermelho vivo e quando maturados apresentam coloração uva escuro.

Partes da Planta Utilizada: Casca.

Caso: Na época da seca quando a alimentação fica escassa na Caatinga, o Mocó, utiliza a casca da parreira como alimento, as fezes e urina do Mocó apresentam coloração vermelho vivo, devido a ingestão da casca desta planta.

Características: O Mocó é um roedor da espécie kerondon, conhecido popularmente como “Mocó”, keredon rupestreis, cujo habitat são as brechas e fendas das rochas, tipos Matacões. Matacões são blocos de rocha granítica que afloram da terra, comum na geografia da Caatinga. O mocó é muito arisco e de difícil visibilidade. Assim que pressentiu a presença humana, ele se esconde nas fendas das rochas.

Caso: Durante a seca o Mocó se alimenta da casca da Parreira, que brota ali mesmo em seu habitat preferido, as fendas das rochas. O Mocó é um animal bastante apreciado na culinária nordestina, portanto, muito procurado pelos caçadores locais. Por fazer parte da fauna da Caatinga em risco de extinção, ele é protegido por lei, sendo a sua caça proibida. Relatam os caçadores, que durante o período da seca no nordeste, quando a Parreira perde suas folhas, o Mocó se alimenta da casca desta planta, ao ingerir a mesma, ele adquire uma resistência incomum, e caça-los se torna uma tarefa quase impossível. Geralmente os caçadores utilizam espingarda, e o disparo desta arma, como forma de abater o animal. No entanto, se a arma não for bastante potente e o disparo não atingir partes vitais (cabeça e coração) o animal não é abatido, mesmo sofrendo com o disparo em várias partes do corpo, ainda assim, gravemente ferido, ele consegue fugir e se esconder nas fendas das rochas, sem perder sua habilidade e agilidade.